Apoteótico: time e torcida do Fla voltam a vibrar juntos no Maracanã

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Apoteótico: time e torcida do Fla voltam a vibrar juntos no Maracanã

Vitória e classificação contra o Cruzeiro marcam o início de uma nova era dos rubro-negros no estádio

Por Rio de Janeiro
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Vozes que viram braços e empurram. Que impulsionam um time com reconhecidas limitações, mas fazem do impossível algo palpável. Foram 53 mil rubro-negros no Maracanã na noite desta quarta-feira. Pareciam muito mais. A velha e boa casa, agora moderna e bem cuidada, continua acolhedora e mágica. Em tempos de consórcio, de discussões sobre preços de ingressos assustadores, ficou claro que a posse do Maraca vai muito além de contratos e cifras desproporcionais. É amor.
Foi apenas o terceiro jogo do Flamengo no palco reconstruído. Antes, o time enfrentara Botafogo e Fluminense no Brasileirão. Pela segunda vez, o Rubro-Negro mandou uma partida desde o seu retorno ao estádio, mas o melhor jogador do time esteve nas cadeiras. Coube a Elias o gol decisivo da vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, que fez a equipe de Mano Menezes avançar às quartas da Copa do Brasil (assista ao vídeo), mas é inegável : o golaço foi marcado fora de campo.

Houve irritação e algumas vaias após alguns erros, principalmente de André Santos e Carlos Eduardo, mas foram 90 minutos de apoio. Ora com vozes, ora com mãos tremendo em clima de suspense, os torcedores do Flamengo não desistiram da classificação nem por um instante. Não houve desânimo. Ninguém arredou o pé antes que a bola entrasse. A impressão que se tinha é de que seria assim até o gol sair. Se precisso fosse, amanheceriam lá. Homens, mulheres e crianças à espera daquilo que foram buscar: vitória e vaga. 
Flamengo, Maracanã (Foto: Alexandre Vidal)Time e torcida: receita para mais uma vitória heroica do Flamengo (Foto: Alexandre Vidal)
O relógio foi cruel. Apressado, fez o primeiro tempo passar quase sem ser notado. Foram 45 minutos de muita pressão, mas de pouca eficiência do Flamengo diante da forte defesa cruzeirense. Além disso, alguns sustos com o ataque celeste. Seria preciso gritar mais na etapa final, fazer os jogadores correrem como nunca, cantar em volume máximo. Foi exatamente isso. Chance atrás de chance, o Rubro-Negro batia e voltava contra os zagueiros rivais. Aos 20 minutos, o grito de gol até saiu, mas rertornou rápido e amargo para a garganta. Moreno fez falta no goleiro Fábio, Carlos Eduardo completou para a rede, mas a arbitragem anulou corretamente. Nove minutos depois, silêncio ensurdecedor. Vinícius marcou para o Cruzeiro, que também teve o lance anulado de maneira acertada.

Algo dizia que aquela comemoração efusiva dos torcedores do Flamengo com a notícia da escalação de Elias teria algum fundamento. Vê-lo em campo deu confiança, trouxe a garantia de que seria possível. Mesmo que ela não se confirmasse. Aos 43 minutos do segundo tempo, o volante e os 53 mil rubro-negros festejaram juntos. Jogada de Paulinho pela direita, cruzamento rasteiro para a área, chute colocado, curva venenosa, e gol de vitória e classificação.
Aos 43. Foi assim também em 2001, na decisão do Carioca contra o Vasco. No velho Maracanã, o gol de falta de Petkovic desmontou o adversário. Um a um, eles caíam em campo incrédulos e desanimados. Desta vez foram os cruzeirenses que levaram um soco no estômago.
Flamengo, Maracanã (Foto: Alexandre Vidal)O Rubro-Negro tem no Maracanã uma fonte inspiradora (Foto: Alexandre Vidal)
A torcida do Flamengo, enfim, voltou ao Maracanã. Agora, aguarda uma decisão da diretoria sobre o futuro do time no estádio. A possibilidade de mandar jogos em Brasília ainda existe, já que a relação com o Consórcio Maracanã S.A não é das mais amistosas. O Mané Garrincha, em Brasília, principal casa da equipe no Brasileirão, também está cotado.  Após a partida, Mano Menezes mostrou-se grato e encantado com os torcedores, mas reconheceu que a sintonia depende muito do desempenho do time.   
- Nós vamos jogar o próximo jogo do Brasileiro aqui no Maracanã (contra o Vitória, dia 4 de setembro). Só é possível manter a magia, a empatia com o torcedor, repetindo isso. Aí ele se indentifica com a equipe, empurra mesmo, tem um amor muito grande por quem veste a camisa do seu clube. Estamos aqui para isso. Sabemos das limitações, que não somos os melhores da temporada ainda, mas podemos crescer e nos transformar. Em competições como essa, você precisa ser só melhor na hora que enfrenta o adversário. Não precisa ser o melhor o mês todo. Assim como fomos melhores que o Cruzeiro – disse o treinador rubro-negro, que afirmou que seria um pecado que o público voltasse para casa sem a vaga.
Nas quartas de final, o Flamengo vai enfrentar o Botafogo. E o Botafogo vai enfrentar o Flamengo e um bocado de gente. Os jogos serão nos dias 23 e 30 de outubro.Fonte Globo Sport

Definidas as finalistas de cada time para o Musa do Brasileirão 2013

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05/08/2013 15h15 - Atualizado em 05/08/2013 15h52

Definidas as finalistas de cada time para o Musa do Brasileirão 2013

Internautas podem votar até o 16 de agosto e escolher a representante de cada equipe no concurso. São duas concorrentes por clube

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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Está aberta a votação que vai decidir a representante de cada clube da Série A no prêmio Musa do Brasileirão 2013. São 40 finalistas - duas de cada equipe - disputando o voto dos internautas do GLOBOESPORTE.COM.
Para votar basta acessar a página do Musa do Brasileirão 2013 e clicar na foto de sua candidata preferida. Depois disso, basta digitar as palavras que aparecem e clicar em votar, que será computado.
A votação vai até o dia 16 de agosto, sexta-feira, e as candidatas escolhidas serão anunciadas no mesmo dia.
Mosaico candidatas Musa do Brasileirão (Foto: Divulgação)Candidatas disputam a preferência dos internautas até o dia 16 de agosto (Foto: Divulgação)
  Fonte Globo Esport

Empresária e modelo, Sharapova faz fortuna também longe das quadras

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23/07/2013 08h30 - Atualizado em 23/07/2013 11h00

Empresária e modelo, Sharapova faz fortuna também longe das quadras

Dona de marca de doces e repleta de patrocínios, russa capitaliza nos negócios, em um ano, quase o que já levou em prêmio por toda a carreira

Por Matheus Tibúrcio Rio de Janeiro
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Maria Sharapova é uma das melhores tenistas da atualidade e também se dá muito bem quando não está competindo ou treinando. Número 2 do ranking da WTA, a russa é a tenista de maior sucesso fora das quadras. Além do dinheiro ganho por títulos e por desempenhos nos torneios do circuito internacional, ela completa o patrimônio com uma lista considerável de patrocínios, além de participações em propagandas, revistas, ensaios fotográficos e das vendas da sua linha de doces Sugarpova. De tanto que promove sua imagem, a tenista  quase chega a ganhar em 12 meses, com atividades extraquadra, o que já acumulou de premiação em competições durante toda a carreira.
maria sharapova modelo tenis (Foto: Divulgação)Contratos de patrocínio e trabalhos como modelo rendem muito dinheiro para Sharapova (Foto: Divulgação)
Desde que se tornou profissional, em abril de 2001, Sharapova já acumulou cerca de US$ 26,7 milhões (R$ 60 milhões) nos torneios em que participou, de acordo com dados da WTA. Ela é a terceira entre as atletas de todos os tempos, atrás somente dos quase US$ 28,7 milhões (R$ 64,5 milhões) de Venus Williams e dos quase US$ 46,6 milhões (R$ 104,7 milhões) de Serena Williams.
Sharapova não precisou de 12 anos para, fora de quadra, ganhar tanto dinheiro. Segundo dados da revista "Forbes", somente entre julho de 2012 e junho de 2013, ela arrecadou US$ 29 milhões (R$ 65,2 milhões), sendo US$ 23 milhões (R$ 51,7 milhões) provenientes de cachês, contratos de publicidade e de patrocínio e porcentagens de licenciamento. Ela foi apontada como a 22ª atleta mais bem paga do mundo nesse período. Entre os tenistas, ela só perdeu para o suíço Roger Federer, que ocupa a vice-liderança da lista com uma receita de US$ 71,5 milhões (R$ 160,7 milhões).
Período (julho a junho) Patrocínios e cachês (em US$)
2009/2010 23,5 milhões
2010/2011 22,4 milhões
2011/2012 22 milhões
2012/2013 23 milhões
A bolada ganha fora dos torneios tem enchido o bolso da tenista nos últimos anos. No mesmo período, entre julho e junho do ano seguinte, ela faturou US$ 23,5 milhões (R$ 52,8 milhões) em 2009/2010, US$ 22,4 milhões (R$ 50,3 milhões) em 2010/2011 e US$ 22 milhões (R$ 49,4 milhões) em 2011/2012. Em 2010, ela inclusive renovou por oito anos o patrocínio com a Nike por um total de US$ 70 milhões 9R$ 157,3 milhões).
Com uma lesão no quadril, Sharapova só vai voltar às quadras no WTA de Toronto, no Canadá, a partir de 5 de agosto. Enquanto isso, a exemplo da maioria das vezes em que não disputa um torneio oficial, a tenista vai faturando por meio das ações abaixo:
Sugarpova: Sharapova entra no ramo de negócios, mas não foge das críticas
Entre 2008 e 2009, Sharapova passou nove meses fora das quadras por causa de uma cirurgia no ombro, local de uma séria lesão que a tirou de vários torneios na época, inclusive dos Jogos Olímpicos de Pequim e do US Open. Com o tempo ocioso na memória, a russa decidiu já pôr em prática atividades que lhe renderiam dinheiro fora de quadra, especialmente para uma aposentadoria tranquila no futuro. Após uma avaliação junto com o empresário Max Eisenbud, os dois decidiram entrar no ramo de doces, pois chegaram à conclusão de que era um mercado que não tinha uma empresa que se destacava das demais.
maria sharapova sugarpova tenis (Foto: Getty Images)O produto de Sharapova tem 15 sabores; alguns
têm forma de bolas de tênis (Foto: Getty Images)
A tenista lançou então em agosto do ano passado sua marca de doces Sugarpova, utilizando US$ 500 mil (R$ 1,1 milhão) do próprio dinheiro para abrir o negócio. Em vários torneios que disputava desde então, ela passou a promover o produto antes de estrear nas competições. Além dos Estados Unidos, os eventos já passaram por Austrália, França, Rússia e Inglaterra, entre outros países. Caixas já foram enviadas também para Canadá, Japão, Índia, China e outras nações.
- Negócios e esporte são ambos mundos bastante competitivos. Quero ser a melhor nos dois - declarou a russa à rede britânica BBC quando lançou a marca no Reino Unido.
Atualmente a linha conta com 15 sabores. Três deles apresentam doces em formato de bolinhas de tênis, e a maioria do restante representa coisas de que a tenista gosta, como bolsas, sapatos, óculos, flores e animais.
Nem tudo é perfeito, porém, no mundo dos negócios. Assim como no tênis, Sharapova também recebe reclamações, mas por causa dos doces. O produto da tenista já foi criticado pelo Fórum Nacional de Obesidade do Reino Unido devido aos teores de açúcar. A entidade chegou a dizer que a russa estava se prevalecendo da sua forma física para promover de forma irresponsável um produto gorduroso.
Um pacote de 142 gramas de qualquer sabor é vendido a US$ 5,99 (R$ 13,50) no site da empresa. Segundo Eisenbud, já foram vendidos mais de 1,5 milhão de unidades, incluindo 30 mil por meio do portal nos seis primeiros meses de vida do produto.
maria sharapova sugarpova tenis (Foto: Montagem/ Fotos Divulgação e Getty Images)Sharapova promove sua marca de doces Sugarpova (Foto: Montagem/ Fotos Divulgação e Getty Images)
Duas máquinas: a dupla perfeita entre Sharapova e Porsche
No fim de abril, Sharapova fechou parceria com a montadora alemã Porsche, dias antes de defender o título do WTA de Stuttgart, na Alemanha. A número 2 do mundo teve sucesso na caminhada e, além do bicampeonato, faturou também um carro da marca. No último fim de semana, a russa foi anunciada como nova embaixadora da empresa, fechando um contrato de três anos, até 2016.
maria sharapova Porsche tenis galeria (Foto: Editoria de Arte)Sharapova virou embaixadora da Porsche (Foto: Editoria de Arte)
De marcas de material esportivo a de celular, Sharapova constrói patrimônio
O contrato com a Porsche é apenas uma pequena parte da longa lista de patrocínios que Sharapova possui. Atualmente a tenista também tem acordo com Head (material esportivo), Nike (material esportivo), Cole Hann (moda), TAG Heuer (relógios e acessórios), Evian (água) e Samsung (celular e eletrônicos).
E a musa não se limita a emprestar o rostinho angelical para as propagandas das marcas. Ela também participa da criação de produtos. Entre outras ações, personalizou o próprio tênis para a disputa de Roland Garros deste ano, criou uma linha de sapatos para a Cole Hann e participou da produção de uma linha de óculos escuros para a TAG Heuer. Também chegou a colaborar com a Tiffany e utilizou joias da marca.
- Eu já tive muitas experiências de exercício de criatividade junto com meus parceiros - reconheceu a tenista.
Apesar de promover as marcas, Sharapova já aprontou das suas. Ao conquistar o WTA de Indian Wells, em março, ela foi flagrada utilizando um iPhone, celular da Apple, empresa rival da Samsung no ramo de telefonia.
Fora os patrocínios, Sharapova também se promove como modelo. Não raramente ela é capa de revistas ou participa de ensaios fotógrafos. A russa já chegou a dizer nas redes sociais o quanto gosta de moda e até cogita a possibilidade de abrir um blog sobre o tema.
- Vejo minha imagem indo para algumas direções. Moda e a área de cosméticos são minhas paixões, e acho que há espaço nelas - deixou aberto a tenista.
sharapova forbes (Foto: Reprodução)Dinheiro ganho pelos tenistas. Em ordem: total, salário/premiações e patrocínios (Foto: Reprodução)
  Fonte Globo Esport

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23/07/2013 08h30 - Atualizado em 23/07/2013 11h00

Empresária e modelo, Sharapova faz fortuna também longe das quadras

Dona de marca de doces e repleta de patrocínios, russa capitaliza nos negócios, em um ano, quase o que já levou em prêmio por toda a carreira

Por Matheus Tibúrcio Rio de Janeiro
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Maria Sharapova é uma das melhores tenistas da atualidade e também se dá muito bem quando não está competindo ou treinando. Número 2 do ranking da WTA, a russa é a tenista de maior sucesso fora das quadras. Além do dinheiro ganho por títulos e por desempenhos nos torneios do circuito internacional, ela completa o patrimônio com uma lista considerável de patrocínios, além de participações em propagandas, revistas, ensaios fotográficos e das vendas da sua linha de doces Sugarpova. De tanto que promove sua imagem, a tenista  quase chega a ganhar em 12 meses, com atividades extraquadra, o que já acumulou de premiação em competições durante toda a carreira.
maria sharapova modelo tenis (Foto: Divulgação)Contratos de patrocínio e trabalhos como modelo rendem muito dinheiro para Sharapova (Foto: Divulgação)
Desde que se tornou profissional, em abril de 2001, Sharapova já acumulou cerca de US$ 26,7 milhões (R$ 60 milhões) nos torneios em que participou, de acordo com dados da WTA. Ela é a terceira entre as atletas de todos os tempos, atrás somente dos quase US$ 28,7 milhões (R$ 64,5 milhões) de Venus Williams e dos quase US$ 46,6 milhões (R$ 104,7 milhões) de Serena Williams.
Sharapova não precisou de 12 anos para, fora de quadra, ganhar tanto dinheiro. Segundo dados da revista "Forbes", somente entre julho de 2012 e junho de 2013, ela arrecadou US$ 29 milhões (R$ 65,2 milhões), sendo US$ 23 milhões (R$ 51,7 milhões) provenientes de cachês, contratos de publicidade e de patrocínio e porcentagens de licenciamento. Ela foi apontada como a 22ª atleta mais bem paga do mundo nesse período. Entre os tenistas, ela só perdeu para o suíço Roger Federer, que ocupa a vice-liderança da lista com uma receita de US$ 71,5 milhões (R$ 160,7 milhões).
Período (julho a junho) Patrocínios e cachês (em US$)
2009/2010 23,5 milhões
2010/2011 22,4 milhões
2011/2012 22 milhões
2012/2013 23 milhões
A bolada ganha fora dos torneios tem enchido o bolso da tenista nos últimos anos. No mesmo período, entre julho e junho do ano seguinte, ela faturou US$ 23,5 milhões (R$ 52,8 milhões) em 2009/2010, US$ 22,4 milhões (R$ 50,3 milhões) em 2010/2011 e US$ 22 milhões (R$ 49,4 milhões) em 2011/2012. Em 2010, ela inclusive renovou por oito anos o patrocínio com a Nike por um total de US$ 70 milhões 9R$ 157,3 milhões).
Com uma lesão no quadril, Sharapova só vai voltar às quadras no WTA de Toronto, no Canadá, a partir de 5 de agosto. Enquanto isso, a exemplo da maioria das vezes em que não disputa um torneio oficial, a tenista vai faturando por meio das ações abaixo:
Sugarpova: Sharapova entra no ramo de negócios, mas não foge das críticas
Entre 2008 e 2009, Sharapova passou nove meses fora das quadras por causa de uma cirurgia no ombro, local de uma séria lesão que a tirou de vários torneios na época, inclusive dos Jogos Olímpicos de Pequim e do US Open. Com o tempo ocioso na memória, a russa decidiu já pôr em prática atividades que lhe renderiam dinheiro fora de quadra, especialmente para uma aposentadoria tranquila no futuro. Após uma avaliação junto com o empresário Max Eisenbud, os dois decidiram entrar no ramo de doces, pois chegaram à conclusão de que era um mercado que não tinha uma empresa que se destacava das demais.
maria sharapova sugarpova tenis (Foto: Getty Images)O produto de Sharapova tem 15 sabores; alguns
têm forma de bolas de tênis (Foto: Getty Images)
A tenista lançou então em agosto do ano passado sua marca de doces Sugarpova, utilizando US$ 500 mil (R$ 1,1 milhão) do próprio dinheiro para abrir o negócio. Em vários torneios que disputava desde então, ela passou a promover o produto antes de estrear nas competições. Além dos Estados Unidos, os eventos já passaram por Austrália, França, Rússia e Inglaterra, entre outros países. Caixas já foram enviadas também para Canadá, Japão, Índia, China e outras nações.
- Negócios e esporte são ambos mundos bastante competitivos. Quero ser a melhor nos dois - declarou a russa à rede britânica BBC quando lançou a marca no Reino Unido.
Atualmente a linha conta com 15 sabores. Três deles apresentam doces em formato de bolinhas de tênis, e a maioria do restante representa coisas de que a tenista gosta, como bolsas, sapatos, óculos, flores e animais.
Nem tudo é perfeito, porém, no mundo dos negócios. Assim como no tênis, Sharapova também recebe reclamações, mas por causa dos doces. O produto da tenista já foi criticado pelo Fórum Nacional de Obesidade do Reino Unido devido aos teores de açúcar. A entidade chegou a dizer que a russa estava se prevalecendo da sua forma física para promover de forma irresponsável um produto gorduroso.
Um pacote de 142 gramas de qualquer sabor é vendido a US$ 5,99 (R$ 13,50) no site da empresa. Segundo Eisenbud, já foram vendidos mais de 1,5 milhão de unidades, incluindo 30 mil por meio do portal nos seis primeiros meses de vida do produto.
maria sharapova sugarpova tenis (Foto: Montagem/ Fotos Divulgação e Getty Images)Sharapova promove sua marca de doces Sugarpova (Foto: Montagem/ Fotos Divulgação e Getty Images)
Duas máquinas: a dupla perfeita entre Sharapova e Porsche
No fim de abril, Sharapova fechou parceria com a montadora alemã Porsche, dias antes de defender o título do WTA de Stuttgart, na Alemanha. A número 2 do mundo teve sucesso na caminhada e, além do bicampeonato, faturou também um carro da marca. No último fim de semana, a russa foi anunciada como nova embaixadora da empresa, fechando um contrato de três anos, até 2016.
maria sharapova Porsche tenis galeria (Foto: Editoria de Arte)Sharapova virou embaixadora da Porsche (Foto: Editoria de Arte)
De marcas de material esportivo a de celular, Sharapova constrói patrimônio
O contrato com a Porsche é apenas uma pequena parte da longa lista de patrocínios que Sharapova possui. Atualmente a tenista também tem acordo com Head (material esportivo), Nike (material esportivo), Cole Hann (moda), TAG Heuer (relógios e acessórios), Evian (água) e Samsung (celular e eletrônicos).
E a musa não se limita a emprestar o rostinho angelical para as propagandas das marcas. Ela também participa da criação de produtos. Entre outras ações, personalizou o próprio tênis para a disputa de Roland Garros deste ano, criou uma linha de sapatos para a Cole Hann e participou da produção de uma linha de óculos escuros para a TAG Heuer. Também chegou a colaborar com a Tiffany e utilizou joias da marca.
- Eu já tive muitas experiências de exercício de criatividade junto com meus parceiros - reconheceu a tenista.
Apesar de promover as marcas, Sharapova já aprontou das suas. Ao conquistar o WTA de Indian Wells, em março, ela foi flagrada utilizando um iPhone, celular da Apple, empresa rival da Samsung no ramo de telefonia.
Fora os patrocínios, Sharapova também se promove como modelo. Não raramente ela é capa de revistas ou participa de ensaios fotógrafos. A russa já chegou a dizer nas redes sociais o quanto gosta de moda e até cogita a possibilidade de abrir um blog sobre o tema.
- Vejo minha imagem indo para algumas direções. Moda e a área de cosméticos são minhas paixões, e acho que há espaço nelas - deixou aberto a tenista.
sharapova forbes (Foto: Reprodução)Dinheiro ganho pelos tenistas. Em ordem: total, salário/premiações e patrocínios (Foto: Reprodução)
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05/08/2013 16h43 - Atualizado em 05/08/2013 18h53

Renato nega rebeldia, diz não saber a razão da rescisão e chora em coletiva

Mais de um mês após ser demitido via site oficial, atleta concede entrevista e se emociona ao comentar a saída do Flamengo: 'Fui muito humilhado'

Por Richard Souza* Rio de Janeiro
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Renato Abreu coletiva (Foto: Richard Souza)Emoção tomou conta de Renato durante a
entrevista coletiva (Foto: Richard Souza)
Renato Abreu disputou 271 partidas, marcou 73 gols e conquistou três títulos com a camisa do Flamengo. Agora, é adversário do clube na Justiça. Na última sexta-feira, ele e seu advogado, Paulo Reis, entraram com uma ação contra o Rubro-Negro em razão de sua demissão. Além de R$ 1,5 milhão referente aos seis últimos meses do seu vínculo, que era válido até dezembro de 2013, o jogador pede uma indenização por danos morais. O representante do ex-camisa 11 calcula que ele conseguirá receber pelo menos R$ 3 milhões do Flamengo.
Na tarde desta segunda-feira, Renato concedeu entrevista coletiva para falar sobre o assunto. O jogador recebeu os jornalistas no escritório do empresário dele, Cláudio Guadagno, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Falou por uma hora e meia, emocionou-se várias vezes, principalmente ao falar das filhas, da mãe e da torcida rubro-negra. Ao entrar na sala, pediu a palavra e só depois de um longo pronunciamento começou a responder perguntas. O jogador negou qualquer tipo de problema de relacionamento com companheiros, dirigentes ou o técnico Jorginho, comandante na época de sua saída. Afirmou que por muitas vezes desde o desligamento chorou escondido da esposa (Karina) e das filhas (Karen, Rebeka e Renata) e repetiu o que seu advogado dissera há duas semanas: sente-se humilhado pelo Flamengo.
Nunca fiz panela em grupo nenhum. Nunca precisei disso. Não vou fazer. Com a diretoria, muito menos. Nunca fiz nada a não ser ajudar"
Renato
- Fui muito humilhado, exposto. Fiquei muito triste, jamais pensei que aconteceria comigo. São 15 anos como profissional, mas dez anos de futebol em times amadores, brigando pelo pão de cada dia. É a primeira vez que isso acontece comigo. Realmente fiquei muito chateado, chorei muito em casa, com minha família. Pelo carinho que tenho pelo Flamengo desde 2005, o respeito e gratidão pelo Flamengo são eternos. Isso jamais sairá da minha cabeça e do meu coração. A todo momento dei respeito e fui respeitado. Só nesse momento que aconteceu uma coisa dessa, uma forma desrespeitosa, poderia ser diferente. Até porque cheguei no Flamengo em 2005 e em nenhum momento deixei de me esforçar, fazer tudo que estava determinado pelo meu contrato. Ou até mais. Muitas vezes acabei abrindo mão de muita coisa para poder ajudar de  alguma forma. Mas são coisas que fazem parte da vida, que aconteceram. Você ser mandado embora de um clube, de um trabalho, é normal. Mas até agora vocês não sabem e nem eu sei o que aconteceu.
Aos 35 anos, o jogador até falou em encerrar a carreira, mas logo depois afirmou que ainda tem condições de jogar em alto nível. A saída conturbada o pegou de surpresa, mas Renato pretende voltar ao Flamengo.  
- Um dia, se tiver que voltar, espero que não demore muito, que eu volte ao clube. Um dia eu volto. Pode ser daqui a cinco anos, dez anos, com cabeça branca. Quero encerrar meu ciclo no Flamengo de alguma forma.
Renato Abreu coletiva (Foto: Richard Souza)Renato Abreu coça a testa durante a entrevista coletiva que concedeu (Foto: Richard Souza)
Renato foi demitido via site oficial do Rubro-Negro no dia 17 de junho. No início de julho, o departamento de futebol ordenou que o jogador voltasse a treinar separamente, mas ele se negou. Na primeira rodada de negociação entre as partes, logo que o clube anunciou a decisão, o Flamengo propôs um acordo: pagar R$ 500 mil a Renato, um terço do que ele tem direito a receber pelo restante do contrato. A oferta foi prontamente descartada pelo atleta. A partir dali, decidiu ir à Justiça.
Desde o início do Brasileirão, Renato se envolveu em algumas situações polêmicas. Vaiado contra a Ponte Preta, após perder um pênalti, não reagiu bem e questionou a posição da torcida. Na partida seguinte, diante do Atlético-PR, marcou o gol do empate por 2 a 2 e tirou a camisa durante a comemoração. A atitude gerou um puxão de orelhas por parte da diretoria por conta da obrigação da exposição dos patrocinadores. Por fim, na derrota para o Náutico, em Florianópolis, foi expulso após tentar concluir uma cobrança de escanteio com a mão.
Fiquei muito mal duas semanas seguidas. Minha esposa não percebia, mas fiquei. Não brincava com minhas filhas. Chorei no banheiro muitas vezes"
Renato
Internamente, a diretoria acredita que Renato Abreu boicotou o trabalho do ex-treinador Jorginho e o somatório de suas atitudes resultou na demissão. Ele nega.

- É só olhar para minha carreira aqui no Rio e ver se alguma vez eu fiz alguma coisa assim. Estão dizendo que briguei com o Jorginho quando fui substituído contra a Ponte Preta. Não é verdade. É normal o jogador não querer sair do jogo. Depois do ocorrido, pedi desculpas ao Jorginho e ao grupo. Isso vocês podem falar com ele. O que aconteceu ficou para trás. Não tive desgaste com ele. Ele jogou futebol e entende a cabeça do jogador. Aquilo aconteceu e acabou. Estão especulando. Podem perguntar se em algum clube tive problema com treinador.
Renato Abreu coletiva (Foto: Richard Souza)O antigo camisa 11 foi demitido logo após a apresentação de Mano Menezes (Foto: Richard Souza)
Sobre o fato de ter tirado a camisa na comemoração, reconheceu o erro, mas disse que em nenhum momento foi advertido sobre o assunto.
Estava com muita vontade de entrar com minha outra filha no Maracanã, ter uma foto. Isso me tiraram"
Renato
- Falaram em tirar a camisa. Qual jogador nunca tirou a camisa na comemoração? Entrei no jogo e nem me dei conta naquela hora. Alegaram que me chamaram atenção. Tudo mentira. Ninguém falou comigo sobre isso.
Confira os principais trechos da entrevista:
Sonho de voltar ao Maracanã pelo Fla
- A última coisa que queria era acontecer isso. Estava com muita vontade de entrar com minha outra filha no Maracanã, ter uma foto. Isso me tiraram. Meu sonho era encerrar minha carreira no Flamengo. A vida segue. Isso não vai me impedir de levantar a minha cabeça, seguir em frente, mesmo com toda a decepção, com tudo que aconteceu. Vou procurar trabalhar da mesma forma, em todos os lugares. Vou ser profissional como sempre fui.
Processo da saída
Estão dizendo que briguei com o Jorginho quando fui substituído contra a Ponte Preta. Não é verdade. É normal o jogador não querer sair do jogo. Depois do ocorrido, pedi desculpas ao Jorginho e ao grupo. Isso vocês podem falar com ele. O que aconteceu ficou para trás. Não tive desgaste com ele. Ele jogou futebol e entende a cabeça do jogador. Aquilo aconteceu e acabou. Estão especulando "
Renato
- No começo do ano, tinha uma viagem para fazer e pediram para eu me apresentar. Estava com tudo certo para resolver alguns problemas pessoais. Já que era no tempo de folga, ia para resolver. Na época, pediram para eu me apresentar porque seria muito importante. Convenci a minha esposa e não fomos. Mas na pausa para a Copa das Confederações eu fui lá. Quando voltei, assim que botei o pé no aeroporto, meu empresário me ligou dizendo que eu estava demitido. E disse que tinha de esperar o grupo viajar para ir buscar minhas coisas. Chorei, pois a primeira coisa que pensei foi em entrar com minhas filhas no Maracanã. Queria saber do meu empresário o que tinha acontecido, mas ele disse que não tinham alegado. Sou um jogador de identificação com o clube, assim como o Leonardo Moura. Não esperaram eu me apresentar para falar olho no olho. Eu queria saber o que aconteceu, pelo menos isso. Para deitar minha cabeça no travesseiro e saber o que fiz. Essa resposta estou esperando até agora. Fiquei muito mal duas semanas seguidas. Minha esposa não percebia, mas fiquei. Não brincava com minhas filhas. Chorei no banheiro muitas vezes. Você vê a declaração do presidente do Flamengo dizendo que foi por parte técnica? Como pode isso se até momento eu era o vice-artilheiro do time? Como você pode ser escalado como titular. Uma pessoa fala uma coisa, que foi pela expulsão, pela camisa, por briga pelo treinador, outro fala por parte técnica. Na mesma entrevista o presidente disse que sou um dos melhores batedores de falta do país e depois disse que saí por deficiência técnica. É uma contradição.
Chegada do Mano influenciou?
- Eu acredito que não. Vi a declaração dele quando chegou, que só ia tirar base do que aconteceria com ele para definir o grupo de trabalho. Se ele tivesse tempo para ouvir, ele veria o meu lado. Foi ele que me deu a única oportunidade de vestir a camisa da Seleção. Isso sou grato pelo resto da vida. Não sei se ele teve alguma interferência no que aconteceu, não sei se falaram com ele alguma coisa, se alguém do Flamengo falou algo com ele ou algum outro treinador. Acredito que não. Eu quero acreditar que não foi ele.
Contato com a diretoria
Renato Abreu coletiva (Foto: Richard Souza)Renato Abreu fica com os olhos marejados durante
a entrevista coletiva (Foto: Richard Souza)
- Procurei, liguei para algumas pessoas do clube. Disseram que só poderia ir quando o time saísse para  ir a Pinheiral. Procurei saber o que tinha acontecido e ninguém soube dizer o que aconteceu. Todo mundo ficou assustado com o que aconteceu. Mas vocês vão sempre ao clube podem perguntar e nem eles sabem. Eu procurei saber e estou procurando saber até hoje. Podem perguntar ao meu procurador, para as pessoas que trabalharam lá. Eu não tenho nem como desconfiar, não sei o que fiz. Se tivesse feito alguma coisa dentro do grupo, ser mau caráter, algum tipo de panela, nunca fiz panela em grupo nenhum. Nunca precisei disso. Não vou fazer. Com a diretoria, muito menos. Nunca fiz nada a não ser ajudar. Duas semanas antes das férias (para a Copa das Confederações), conversei com o Wallim, ele me procurou dizendo que contava comigo, que o time precisava da minha ajuda para levantar a molecada. Conversei com ele numa boa. Disse que ajudaria conversando com os meninos dentro de campo. Ele falou “então está bom, conto com você até o fim do ano para sairmos dessa situação”. Aí aconteceu o que vocês sabem.
Problemas com Jorginho
Se foi um gol de mão, tirar a camisa, o futebol vai acabar. Lá dentro do futebol é calor, intensidade o tempo todo, você não planeja tirar a camisa, botar a mão na bola, para poder fazer o gol. Seria muito otário com toda a tecnologia que tem hoje. Isso não tem sentido"
Renato
- Nunca tive problema com treinador nenhum. Se quiserem entrevistar todos os técnicos que conversaram comigo. Isaías Tinoco, que foi gerente do clube, o Marcos Braz, tive um pequeno problema, mas pode perguntar se tive algum problema em relação a trabalho. O que aconteceu com o Jorginho foi algo normal de jogo. No outro dia, o Jorginho sempre teve o hábito de falar sobre o jogo, e diante do grupo pedi desculpa. Acabou ali. Ele era o comandante, disse que tinha errado até o momento. Mas a minha vontade era estar junto com o time para poder ajudar. O que aconteceu acontece com muitos jogadores e que não aconteceria mais. O Jorginho saiu, né? E logo em seguida eu saí. Não deu para entender. Um tinha que ter ficado pelo menos. Se o errado era eu, não poderiam demitir o Jorginho. Dentro das condições que ele poderia fazer, ele fez. Foi uma sequência de resultados, de três jogos seguidos, estávamos ele e eu nesses resultados. São coisas pequenas que aconteceram comigo dentro do clube. Com seis anos de clube, poderiam ter um pingo de respeito e chegar e falar. Mas isso não foi a gota d’água. Tanta gente fez muito mais e não aconteceu nada disso. Se foi um gol de mão, tirar a camisa, o futebol vai acabar. Lá dentro do futebol é calor, intensidade o tempo todo, você não planeja tirar a camisa, botar a mão na bola, para poder fazer o gol. Seria muito otário com toda a tecnologia que tem hoje. Isso não tem sentido. É uma coisa que estão querendo alegar, mas isso não cola. O que eu fiz pelo Flamengo, eu acho que merecia um pouquinho mais de respeito. Não quero ser mais respeitado que Adílio, Zico, Nunes. Mas quero ser respeitado como profissional. Se meu trabalho tivesse sido ruim, minha passagem teria sido interrompida na primeira passagem (em 2005). Mas foi o contrário. Cheguei em fevereiro de 2005, tinha um ano de contrato com o Flamengo e teria mais um ano de contrato com o Corinthians. Flamengo fez esforço para eu voltar, abri mão de três salários que eu tinha e não me importei. Me senti muito feliz e acolhido dentro do Flamengo naquela época. Tinha por respeito voltar ao clube que estava me dando esse carinho.
Contatos com a diretoria
- A primeira coisa que me disseram é que era demissão. Demissão? Nem afastado. O que aconteceu de lá para cá, recebi três telegramas do Flamengo para me reapresentar ao clube e treinar afastado. Isso depois de 20 dias. O último dizia que se eu não me apresentasse eu teria problema. Eu tinha me apresentar ou ia correr riscos. Foram as únicas coisas que tentaram me dizer. Mas nenhum diretor, ninguém do Flamengo, me ligou para me falar o que aconteceu, para bater um papo. Houve uma única vez que fui chamado para rescindir contrato. Estava  tudo apalavrado, certinho, chegou na hora o Flamengo não aceitou acertar o que era meu. Eu não estava pedindo nada a mais. Tinha seis meses de contrato, não poderia abrir mão do meu salário até o fim do ano. Jamais vou abrir mão. Alguém abre mão do salário aqui? Em outras situações até abri, mas dessa forma? Ser demitido? Foi aí que a diretoria, parte jurídica do clube, disse que nada estava acertado. É isso até o momento.
Relação com Pelaipe
É o que meu advogado falou. Fui muito humilhado, exposto. Me colocaram como um filho da p..., como um cara que não respeita ninguém. Mas isso eu não sou."
Renato
- Sempre foi de profissionalismo puro. Nunca tive problema. Eu tinha projeto dentro do Flamengo. Sempre tive carinho pela base do Flamengo todinha. Sempre que podia batia uma bola, uma falta com os meninos, brincava com eles. O próprio Pelaipe disse que no fim do meu contrato me encaixaria para trabalhar dentro do clube. Minha relação sempre foi tranquila. Se fiz algo para ele, não estou sabendo. Não sei o que fiz para ele. Em todos os momentos que ele me pediu ajuda, a passar uma palavra para o time, sempre me coloquei à  disposição. Sempre que fui à sala dele, foi para conversar. Não sei se ele teve algo com isso, mas poderia dizer quem eu era para o clube. A gente sabe que algumas coisas são inexplicáveis. Não sei se pediram a opinião de alguém. Em outras situações, que aconteceram com o próprio Pelaipe, da minha assessoria, fiz questão de apresentar quem eram. Houve um desentendimento com uma pessoa no saguão do hotel antes de  um jogo, conversei com ele para dar um tempo. Estava ali para apartar, minimizar.
Relação da diretoria com os jogadores
- Sempre falei que a diretoria estava tentando fazer o melhor, de forma certa, leal, que eram sérios. Eu acreditava nisso aí. Até na clareza da forma que falavam com a gente, se pronunciaram em algumas reuniões, falavam que o salário ia sair. A única coisa que pedia era clareza para termos um planejamento de vida, a gente depende do salário. E sempre se mostraram claros. Muita coisa aconteceu e sempre acolhemos com respeito e carinho. Nunca cobrei salário na frente de vocês, talvez uma única vez, em 2006. Sempre foram transparentes, mas não vimos essa transparência agora. Poderiam dizer que tenho salário alto, que o clube não tem condições de cumprir. Mas nem isso. Só na primeira passagem tive aumento. Desde que voltei praticamente colocaram a mesma coisa.
Medidas judiciais
- É o que meu advogado falou. Fui muito humilhado, exposto. As pessoas sabem quem eu sou. Passou talvez para 40 milhões de torcedores do Flamengo e de outros times, uma imagem que eu não sou. Disseram que sou briguento, que arrumo confusão com jogadores, que sou mau caráter. Fui muito humilhado nessa situação. A imagem que vocês têm minha, é de ser briguento dentro do campo. Mas só quem está lá dentro pode dizer. O rosto não é dos mais bonitos, mas pela sua expressão na televisão acabam te julgando. Me colocaram como um filho da p..., como um cara que não respeita ninguém. Mas isso eu não sou. O que acontece no campo é lá dentro. Jamais eu levei para fora.
Futuro
- Até nisso respeitei o clube para esperar o momento, falei que não conversaria enquanto não resolvesse.
Tenho certeza de que um dia eu volto para o Flamengo. Pode ser daqui a cinco anos, dez anos, com cabeça branca. Quero encerrar meu ciclo no Flamengo de alguma forma. Não me julguem pelo que não sabem. Antes, procurem saber a minha história"
Renato
Contato do Atlético-MG
- Até agora não (Atlético-MG procurou). Mas olha aí, o Cuca foi meu treinador. Mais uma prova de que não tive nenhum problema. Estou esperando a rescisão do contrato para poder ouvir algum outro clube.
Vasco procurou?
- Houve especulação. Tem muita gente querendo que eu trabalhe num time no Rio, muitos querendo que trabalhasse no Vasco, torcedores de outros clubes. Quero resolver minha situação com o clube. Estou feliz pelo carinho de todos. A grande maioria da torcida do Flamengo sempre esteve do meu lado. É difícil falar um pouquinho, pois foi uma relação muito forte. Tenho um carinho enorme por eles. O que está acontecendo não tem nada com os torcedores. Em nenhum momento passou pela minha cabeça sair do Flamengo.
Volta ao Flamengo
- Tenho certeza de que um dia eu volto para o Flamengo.
Despedida do clube
- Foi muito emocionante ver a despedida do Pet, Júnior, Zico. Não sei se sou ídolo, mas estava construindo uma história legal no Flamengo. Na primeira entrevista, disse que não prometeria título, mas dedicação. E essa história eu construí um pouquinho. Quando saí depois da primeira passagem, tive 13 propostas, algumas melhores que a do Flamengo. Pelo carinho que tinha, pelo trabalho, fiz questão de voltar para o clube. Carinho muito grande pela torcida, pelas pessoas que me acolheram lá dentro. É emocionante ouvir muitos pedindo, é emocionante ver o carinho deles comigo. Fiz a operação no coração, foram carinhosos quando voltei em 2010. O que escrevi dentro do clube, podem interromper, mas ninguém apaga. Quando alguém for lembrar das faltas, das mascotes, será inevitável falar, mesmo que não gostem. São 15 anos como profissional, queria só mais um tempinho. Sofri muito para chegar aqui. Tenho que agradecer, principalmente minha mãe (pausa emocionado), meu pai. Mãe, estou bem. Não sei se vou parar, acho que tenho ainda muita coisa para queimar. Obrigado aos torcedores do Flamengo e aos dos outros clubes. Só escuto que os diretores do Flamengo fizeram uma sacanagem comigo. Que eles deveriam sair e não eu.
Ligou para Pelaipe ou Wallim?
- Ligar eu não liguei. Não tenho direito de ligar para  tirar satisfação, mas sim me dar satisfação. Sou empregado do clube. Quando uma empresa demite alguém, você é chamado e te demitem. Isso não teve. Seria mais elegante chegar e falar para mim que fui mandado embora. Até porque não tenho nada contra ninguém. Não me senti no direito de ligar, quem tinha de dar uma satisfação para mim é a pessoa que me mandou embora. Pelo menos me chamar. Não sei se Pelaipe poderia fazer isso. Mas mesmo assim procurei saber, esperar se alguém ia me ligar. Mas em nenhum momento se manifestaram.
Relação com Wallim
Renato Abreu coletiva (Foto: Richard Souza)No detalhe, a mão de Renato: o jogador negou
desavenças com a diretoria (Foto: Richard Souza)
- Minha relação com ele nunca foi de muitas conversas porque quem era o capitão da equipe era o Léo Moura. Uma coisa que nunca tive questão de ter é faixa de capitão para ter autoridade com a diretoria e falar alguma coisa. Pelo meu trabalho, minha experiência, sempre que fui chamado pelo Wallim nunca tive problema. Até momento que ele perguntou para  todos que precisava fazer para melhorar, ele perguntou para mim o que precisava fazer para melhorar. Única coisa que falei é que eles (dirigentes) precisavam nos apoiar, só assim iríamos longe. E foi a vez que ele pediu para poder falar alguma coisa para os mais jovens, outra vez me chamou para conversar e falar que contava comigo. Disse que se precisasse da minha pessoa para ajudar, ia procurar fazer. Ele falou que eu tinha importância grande, eu e mais uns dois jogadores. “Vou contar com você até o fim do ano, a gente vai batendo um papo, conversando, falando para poder acertar”. Foi o que ele disse. Nunca tive atrito com ele, o contato com ele era menor. Não participava todas as vezes do treinamento. Sempre cumprimentava, não tinha problema nenhum. Nunca tive problema com diretor ou presidente. Nem com Patricia Amorim, Márcio Braga, Kleber Leite.
Campanha da torcida pela saída dele
- São 40 milhões de torcedores, tirar 10%, sempre vai ser questionado. Se pegaram esse gancho, não sei. Acredito que não.
Jorginho disse que havia X-9 no grupo
- Eu peço para vocês ligarem agora para o Jorginho e perguntar se eu sou X-9. Nunca precisei boicotar trabalho de ninguém para ser titular da equipe, entregar alguém para me beneficiar. Nem na minha vida pessoal preciso disso. Não uso da minha imagem nem para pegar fila em banco. Tudo que tinha para falar com qualquer jogador, desde o Ronaldinho Gaúcho, que é um fenômeno, sempre cheguei nele e em outras pessoas e falei frente a frente. Não tenho motivo para chegar na sua frente e te elogiar e falar de você pelas costas. Eu tenho duas pernas e dois braços. Não preciso ficar dependendo de ninguém. Vou trabalhar.
Mensagem ao torcedor
Não estou fazendo contra o Flamengo. Se estou entrando na Justiça, procurando meus direitos, isso que está acontecendo não é minha culpa"
Renato
- Quero agradecer aos torcedores do Flamengo, apoiando na rede social, ajudando, me querendo em campo. Quero agradecer profundamente ao Flamengo pelo que fez por mim. Por ter me acolhido, cheguei desconhecido ao futebol carioca e me acolheram. Muitas coisas que aconteceram dentro do Flamengo, minha relação com a torcida foi mais por carinho, por afeto que eu tinha. Pelo que eu tenho. Você conseguir o respeito deles não é fácil, não. Vocês sabem. Onde fui com o Flamengo sempre fui respeitado. De Norte a Sul. Não teve um lugar que não fui com a torcida que ela não me ajudou. Não estou fazendo contra o Flamengo. Se estou entrando na Justiça, procurando meus direitos, isso que está acontecendo não é minha culpa. Eu queria chegar no fim do ano, agradecer ao presidente pelo carinho, queria muito encerrar a carreira no Flamengo. Só que não aconteceu. Foi a pessoa que tomou essa decisão contra mim. Não sei se tem alguma coisa pessoal, meu carinho por vocês (torcedores) é eterno. Os anos vão passar, vai ter momentos bons, vão ganhar títulos, outro jogador que bata faltas, com liderança, mas nada vai apagar o que eu fiz dentro do clube. Nos priores momentos do clube, sempre estive presente para ajudar. A máscara (do urubu) está lá em casa, minhas camisas de épocas difíceis e felizes. Está lá a camisa da Copa do Brasil. As taças e prêmios que conquistei com o Flamengo. Isso ninguém apaga. Tenho certeza de que o conselho do Flamengo inteiro sabe do que eu fiz pelo clube. Um dia, se tiver que voltar, espero que não demore muito, que eu volte ao clube. Um dia eu volto. Pode ser daqui a cinco anos, dez anos, com cabeça branca. Quero encerrar meu ciclo no Flamengo de alguma forma. Não me julguem pelo que não sabem. Antes, procurem saber a minha história (emocionado).Fonte Globo Esport

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