RETROSPECTIVA 2011: o ano em que o MMA explodiu no Brasil

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01/01/2012 08h00 - Atualizado em 01/01/2012 08h00

RETROSPECTIVA 2011: o ano em que o MMA explodiu no Brasil

Vinda do UFC ao país ajudou a catapultar o esporte, que se tornou paixão nacional e passou a rivalizar com o futebol por audiência e nas redes sociais

Por SporTV.com Rio de Janeiro
O MMA teve sua origem no Brasil na década de 1920, mas o Brasil só foi descobrir o MMA em 2011. A vinda ao Rio de Janeiro do UFC, maior evento do esporte no mundo, foi o catalisador de uma mudança drástica de perspectiva quanto a modalidade, que ganhou espaço na grande mídia e passou a rivalizar até com o futebol como paixão nacional.
Vista panorâmica da Arena da Barra no UFC Rio (Foto: Divulgação/UFC)Arena da Barra ficou lotada no UFC Rio, retorno do evento ao país após 13 anos (Foto: Divulgação/UFC)
Criado a partir das competições de vale-tudo que colocavam diferentes estilos de luta em confronto para determinar qual delas era superior, o esporte das artes marciais mistas sempre teve muitos adeptos no país e exportou inúmeros talentos, mas passou anos sob o estigma de ser uma atividade brutal, praticada por arruaceiros, relegada a segundo plano e a uma mídia especializada. Entretanto, ainda em dezembro de 2010, o anúncio da realização de um evento do UFC na Arena da Barra, marcado para 27 de agosto, começou a despertar a curiosidade do grande público e da imprensa. Em 5 de fevereiro, o duelo entre o melhor lutador do mundo, Anderson Silva, e o nome mais conhecido do MMA no país, Vitor Belfort, causou alvoroço, e milhares de pessoas se reuniram em bares e festas para assistir ao combate, vencido pelo "Spider" com um chute espetacular no primeiro round. A partir daí, o esporte não parou de crescer. O UFC Rio teve ingressos esgotados em menos de duas horas e abriu os olhos de empresários de todos os setores. Logo, desde grandes marcas multinacionais a clubes de futebol queriam estar associados ao MMA, e eventos de lutas pipocaram por todos os cantos. Até a campanha contra a dengue pegou carona no sucesso do esporte, com lutadores envolvidos em anúncios preventivos e a realização de um evento beneficente na Baixada Fluminense.
FRAME Galvão Bueno e Vitor Belfort durante narração do UFC (Foto: Reprodução / TV Globo)Galvão Bueno narrou, ao lado de Belfort, o primeiro
UFC na Globo (Foto: Reprodução/TV Globo)
Assista a vídeos de lutas
A consolidação desse crescimento veio em novembro, quando uma guerra pelos direitos televisivos do UFC foi vencida pela TV Globo e a luta entre Júnior Cigano e Cain Velásquez, que deu ao Brasil seu terceiro cinturão do Ultimate, foi vista por mais de 20 milhões de pessoas na TV aberta. O UFC foi o assunto mais comentado por brasileiros no Facebook em 2011, e diversas capitais do país se ofereceram para receber uma edição do evento no ano que vem. Com representantes da pátria fazendo sucesso em diversas competições internacionais, como Strikeforce, Bellator, M-1 Global e Dream, e uma previsão de mais quatro eventos do Ultimate no Brasil nos próximos 12 meses, só há uma conclusão a se fazer: o MMA veio para ficar.
Anderson Silva com o prêmio do UFC (Foto: AFP)Anderson Silva virou popstar em 2011 (Foto: AFP)
Pode não ter sido o ano mais brilhante ou movimentado do "Spider" dentro do octógono, mas 2011 foi o ano em que o Brasil descobriu também Anderson Silva. Tudo começou com o nocaute espetacular contra Vitor Belfort, em 5 de fevereiro. A partir daí, o paulista aproveitou a atenção extra por ser o primeiro cliente da agência de Ronaldo Fenômeno e se tornou um dos atletas mais requisitados do país, emprestando sua imagem a comerciais de carro, moto, fast food e roupas, e aparecendo em inúmeros programas de TV, seja de entrevistas, comédia, música ou variedades. Além disso, sua contratação pelo Corinthians inaugurou uma nova era do esporte no país, na qual clubes de futebol buscam se associar a lutadores do UFC para estabelecer suas marcas no exterior; desde então, outros quatro clubes anunciaram contratos com artistas marciais mistos. Até o arquirrival do Timão, o Palmeiras, entrou na brincadeira extra-oficialmente, presenteando o maior desafeto de Anderson, Chael Sonnen, com uma camisa. Fonte Esport

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