23/03/2012 07h52 - Atualizado em 23/03/2012 07h55
Golpe militar deixa pelo menos 4 mortos em Mali
Presidente Amadou Toumani Touré segue na capital, Bamaco.
Motim provocou onda de críticas da comunidade internacional.
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Pelo menos pessoas morreram no Mali em um golpe de Estado contra o presidente Amadou Toumani Touré, anunciado por militares que fecharam as fronteiras e decretaram toque de recolher noturno, com a consequente onda de condenações vindas do exterior.
"O presidente está em Bamaco, ele não está em uma embaixada. Está em um acampamento militar de onde dirige o governo", disse à France Presse uma fonte militar, desmentindo rumores de que o governante teria se abrigado em uma embaixada estrangeira. Essa informação foi confirmada por um membro da comitiva de Touré, que afirmou que ele estava com os Boinas Vermelhas de sua guarda presidencial.
O Mali, extenso país do oeste da África, previa realizar eleições presidenciais em 29 de abril, apesar de uma revolta tuareg lançada em janeiro que causou o deslocamento de 206 mil pessoas no país e em nações vizinhas, segundo a ONU.
Tudo começou na tarde de quarta-feira, quando alguns soldados se amotinaram para exigir, segundo eles, mais fundos para a guerra contra os rebeldes do Norte, região imensa e desértica onde são registradas atividades de grupos islâmicos armados que incluem a al-Qaeda do Magreg Islâmico e diversos traficantes.
Nos confrontos entre soldados amotinados e a guarda presidencial morreu um militar na quarta-feira, segundo uma fonte militar. A Anistia Internacional mencionou três mortos a bala. Em dois dias, houve 40 feridos, entre eles "três ou quatro civis", a maioria atingidos por balas perdidas, foram hospitalizados em Bamaco e Kati, segundo a Cruz Vermelha.
Muitas condenações se seguiram ao golpe no país, que deveria realizar no dia 29 de abril as eleições presidenciais e que enfrenta uma rebelião tuaregue desencadeada em meados de janeiro.
O o anúncio da derrubada do poder provocou uma onda de condenações no exterior por parte da União Africana (UA), da França, da Argélia, dos Estados Unidos, da União Europeia (UE), da ONU, da África do Sul, da Nigéria e da Organização da Conferência Islâmica (OCI), entre outros.
A França decidiu suspender "toda a sua cooperação soberana com o Mali", exigiu o respeito à integridade física do presidente Touré e a libertação dos detidos. Seu ministro das Relações Exteriores, Alain Juppé, quer a realização de eleições "o mais rápido possível".
Para Jean Ping, presidente da Comissão da UA, o golpe de Estado "é um grave revés para o Mali e para os processos democráticos em curso no continente". O chefe da OIC disse estar "profundamente chocado". O presidente nigeriano Goodluck Jonathan falou de "um revés" para a democracia na África.
A Argélia manifestou "grande preocupação", a UE exigiu o retorno da ordem constitucional e o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon apelou para uma resolução pacífica das "queixas".
Os Estados Unidos pediram "o retorno imediato da ordem constitucional no Mali, incluindo o poder civil sobre as Forças Armadas, e o respeito às tradições e instituições democráticas do país".Fonte G1
"O presidente está em Bamaco, ele não está em uma embaixada. Está em um acampamento militar de onde dirige o governo", disse à France Presse uma fonte militar, desmentindo rumores de que o governante teria se abrigado em uma embaixada estrangeira. Essa informação foi confirmada por um membro da comitiva de Touré, que afirmou que ele estava com os Boinas Vermelhas de sua guarda presidencial.
O Mali, extenso país do oeste da África, previa realizar eleições presidenciais em 29 de abril, apesar de uma revolta tuareg lançada em janeiro que causou o deslocamento de 206 mil pessoas no país e em nações vizinhas, segundo a ONU.
Tudo começou na tarde de quarta-feira, quando alguns soldados se amotinaram para exigir, segundo eles, mais fundos para a guerra contra os rebeldes do Norte, região imensa e desértica onde são registradas atividades de grupos islâmicos armados que incluem a al-Qaeda do Magreg Islâmico e diversos traficantes.
Militares que tomaram o poder no Mali fazem pronunciameno na TV, em Bamaco, nesta quinta-feira (22) (Foto: Reuters)
O amotinamento na cidade guarnição de Kita (a 15 km de Bamaco), passou a Houlouba (perto de Bamaco), onde está a presidência, depois à capital e a Gao (nordeste), onde está um comando antirrebelião do exército.Nos confrontos entre soldados amotinados e a guarda presidencial morreu um militar na quarta-feira, segundo uma fonte militar. A Anistia Internacional mencionou três mortos a bala. Em dois dias, houve 40 feridos, entre eles "três ou quatro civis", a maioria atingidos por balas perdidas, foram hospitalizados em Bamaco e Kati, segundo a Cruz Vermelha.
Muitas condenações se seguiram ao golpe no país, que deveria realizar no dia 29 de abril as eleições presidenciais e que enfrenta uma rebelião tuaregue desencadeada em meados de janeiro.
O o anúncio da derrubada do poder provocou uma onda de condenações no exterior por parte da União Africana (UA), da França, da Argélia, dos Estados Unidos, da União Europeia (UE), da ONU, da África do Sul, da Nigéria e da Organização da Conferência Islâmica (OCI), entre outros.
A França decidiu suspender "toda a sua cooperação soberana com o Mali", exigiu o respeito à integridade física do presidente Touré e a libertação dos detidos. Seu ministro das Relações Exteriores, Alain Juppé, quer a realização de eleições "o mais rápido possível".
Para Jean Ping, presidente da Comissão da UA, o golpe de Estado "é um grave revés para o Mali e para os processos democráticos em curso no continente". O chefe da OIC disse estar "profundamente chocado". O presidente nigeriano Goodluck Jonathan falou de "um revés" para a democracia na África.
A Argélia manifestou "grande preocupação", a UE exigiu o retorno da ordem constitucional e o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon apelou para uma resolução pacífica das "queixas".
Os Estados Unidos pediram "o retorno imediato da ordem constitucional no Mali, incluindo o poder civil sobre as Forças Armadas, e o respeito às tradições e instituições democráticas do país".Fonte G1
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