19/09/2011 16h42 - Atualizado em 19/09/2011 16h51
'Febre do Nilo pode dizimar aves de Galápagos', diz cientista
Estudo alerta para a presença de mosquitos transmissores da doença.
Vírus pode chegar às ilhas em aviões e embarcações turísticas.
Iguana-marinha nas ilhas de Galápagos, no Equador (Foto: Rede Globo)
O alerta sobre a presença da febre do Nilo (WNV) nas ilhas foi feito por um grupo de cientistas que detectaram a capacidade do mosquito Culex quinquefasciatus em retransmitirem a doença. O vírus recentemente invadiu a América do Sul, mas ainda não chegou a Galápagos. O vírus infecta primeiro os pássaros, e depois, a partir das espécies locais como o Culex podem ser repassados para outros animais, como mamíferos, répteis e seres humanos.A doença pode dizimar bandos de aves e muitos outros animais únicos no mundo. Nos humanos os sintomas são semelhantes à meningite, causando dor de cabeça, rigidez no pescoço, tremores, e nos casos mais graves convulsões e desmaios. "Sabemos agora que existem mosquitos capazes de transmitir o vírus do Nilo Ocidental em Galápagos. Isto significa que há potencial para grandes impactos sobre as espécies endêmicas. Não há dúvida de que o vírus do Nilo Ocidental é uma séria ameaça para a sobrevivência da fauna da região", diz Andrew Cunningham, da Sociedade Zoológica de Londres.
O temor dos pesquisadores é que o intenso fluxo de turistas para a região acelere a disseminação da doença. Estudos recentes sobre embarcações turísticas e aviões revelaram que o mosquito Culex chegou a Galápagos nesses aviões. A presença da espécie nas ilhas tem causado preocupação entre a comunidade científica.
Tartaruga-gigante do Equador (Foto: Galapagos National Park/ AP)
Para reduzir as chances de vírus de o Nilo Ocidental atingir as ilhas, os pesquisadores sugerem mais estudos para determinar a presença de WNV no Equador, além de aplicação rigorosa de medidas de controle de insetos em aeronaves e navios que se deslocam entre o continente e as ilhas. "Embora o WNV ainda não exista em Galápagos, é importante prever cenários, olhando como este vírus em particular iria interagir dentro deste ecossistema”, diz Gillian Eastwood, outro autor da pesquisa. Fonte G1
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