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17
°
Ponte Preta
0
x
1
Atlético-MG
4
°
Gols:
Escudero
1ª RODADA
Atlético-MG quebra tabu e vence
a Ponte Preta com gol no finzinho
Escudero faz de cabeça aos 45 minutos do segundo tempo, e Galo
vence, primeira vez, o rival em Campinas pelo Brasileirão
O técnico Cuca enalteceu a força do grupo na vitória do Atlético-MG. Cuca explicou que o gol nasceu de um lance muito treinado pelos jogadores.
- A gente trabalha bastante essa bola (parada), mas o mérito é deles. Aqui é difícil jogar. É começo de campeonato, e o Galo nunca ganhou aqui no Brasileiro. A Ponte se impõe, tem velocidade, é organizada, e pelo primeiro tempo a gente mereceu ganhar. No segundo tempo foi igual, a Ponte teve uma chance clara numa bola em que faltou comunicação nossa, mas a equipe defensivamente jogou muito bem.
A torcida da Ponte Preta deixou o campo insatisfeita com o resultado. De volta à Série A, após seis anos, a Ponte Preta não conseguiu somar pontos na estreia. O atacante Roger reclamou da cobrança da torcida após a derrota.
- Estou cansado disso. Toda vez que aconteceu um revés a culpa é do Roger. Pô, eu corri pra caramba. Errei, errei, mas todos erraram também. Sempre são os mesmos culpados. Estou cansado.
Agora, na próxima rodada, a Macaca vai até Goiânia, onde enfrenta o Atlético-GO, às 18h30m (de Brasília) de sábado. Já o Galo recebe o Corinthians no remodelado Independência, às 16h, de domingo.
Técnicos usam armas disponíveis
Os dois times entraram em campo sem alguns nomes importantes. Pela Ponte, entre jogadores ainda não regularizados na CBF e machucados, o total era de nove atletas sem condições. No Atlético-MG, a vida de Cuca também não era fácil. O Galo viajou para Campinas sem o volante titular Leandro Donizete e seus reservas imediatos, Serginho e Fillipe Soutto. Quem também ficou fora foram os atacantes Guilherme e Neto Berola. Os problemas aumentaram, pois Marcos Rocha ficou no banco por conta de desconforto muscular e deu lugar a Carlos César na direita. Pior para os 4.911 torcedores (renda de R$ 84.968,00) que compareceram e viram um jogo de nível técnico baixo.
Na Macaca, Gilson Kleina montou o time no esquema 4-4-2, com o volante Somália chegando para apoiar o ataque com Enrico e Roger. Na cabeça da área, o estreante Baraka dava boa proteção aos zagueiros Ferron e Diego Sacoman.
Já Cuca armou o time com esquema parecido ao da vitória sobre o América-MG no último domingo por 3 a 0, na finalíssima do Campeonato Mineiro. Apenas com atacantes jovens na reserva, ele preferiu escalar André como único atacante, mas com a companhia quase constante de pelo menos um dos meias, Mancini e Bernard. Já Danilinho seguia em outra rotação, muito apagado no jogo.
Galo com mais volume, mas sem grandes lances
Mas se André era o homem incumbido de ficar mais à frente, foi dele o passe para o primeiro lance de ataque do jogo. Após dar um chapéu no meio-campo, ele deu enfiada de bola para Danilinho. Lauro, esperto, se adiantou e conseguiu evitar o gol.
Logo depois, em cobrança de escanteio, Réver chegou atrasado em bola que passou por toda a pequena área. Mas a melhor chance atleticana foi com Bernard. Em belo passe de Carlos César, ele tocou na saída de Lauro, mas para fora.
Depois das chances dos visitantes, veio a primeira da Macaca. Em boa troca de passes, Somália saiu na cara de Giovanni, conseguiu driblar o goleiro, mas em direção à linha de fundo. Quando ele cruzou para trás, com o gol aberto, Richarlyson afastou o perigo perto da linha.
A partir daí, a falta de ligação entre meio e ataque dos dois times tornou o jogo amarrado. Numa das poucas escapadas, André recebeu ótima enfiada de bola, mas a arbitragem erradamente marcou impedimento. Mesmo assim, o atacante bateu em cima de Lauro. Depois disso, poucos lances de ataque de lado a lado e pouco trabalho para Lauro e Giovanni.
Argentino marca no fim para o Galo
Na volta do intervalo, os dois técnicos mexeram em suas equipes. Não por opção, mas por lesão, Gilson Kleina sacou Somália, que fazia uma boa partida, para a entrada de Renê Júnior. Já Cuca tirou Dudu Cearense, amarelado, para a entrada de Leonardo Silva, que não atuava desde a fatídica goleada sofrida para o Cruzeiro no Brasileirão de 2011. Quem também saiu foi o lateral-direito Carlos César, para entrada de Marcos Rocha. Com as mudanças, o Galo passou para o esquema 3-5-2, com Leonardo Silva atuando entre Réver e Rafael Marques, na sobra.
Mesmo com as mudanças, o que parecia difícil aconteceu. O nível técnico da partida caiu e nenhuma equipe criava chances de gol. E a monotonia só foi quebrada num lance polêmico de ataque da Ponte. Giovanni e Leonardo Silva se atrapalharam, Roger tentou marcar, mas a bola tocou no braço do zagueiro. Na sobra, Renê Júnior bateu prensado e perdeu o gol. Sem a marcação da penalidade, muitos jogadores da Ponte reclamaram fortemente com o árbitro.
Sem criatividade alguma em campo, os técnicos entraram em cena novamente. Cuca queimou sua última alteração colocando Escudero em lugar de Mancini. Já Kleina pôs Nadson na vaga de Tony, e depois sacou Enrico para a entrada de André Luís.
Mesmo com as alterações, os goleiros pouco trabalhavam. O 0 a 0 parecia certo. Mas, aos 45 minutos, após bola mal cortada, Escudero cabeceou da entrada da área. Baraka tentou cortar, mas furou e complicou a vida de Lauro, que teve de buscar a bola no fundo da rede.
Depois disso a Ponte foi para o abafa, com direito ao goleiro Lauro dentro da área rival. Mas a defesa alvinegra levou a melhor e conseguiu evitar o gol de empate. Fonte Globo Esport
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